+55 49 9936-5486

NO AR

TOQUE DE MULHER

Com TOQUE DE MULHER

Brasil

Polícia esclarece sobre supostos casos de sequestros de crianças em Chapecó

Publicada em 20/01/21 às 15:37h - 266 visualizações

por Rádio Alto da Santa


Compartilhe
 

Link da Notícia:

 (Foto: Divulgação )

Circulou nas redes sociais, nos últimos dias, diversas mensagens que informam sobre o sequestro de crianças, em Chapecó. Também de pessoas que passavam nas casas para tirar fotos de crianças. Neste caso, nas publicações constam que os pais desconfiam que as pessoas estão interessadas em sequestrar seus filhos e alertam sobre o caso. O ClicRDC procurou a Polícia Militar e a Polícia Civil para verificar sobre a veracidade dos relatos. Tanto na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPcami) – que atende situações relacionadas as crianças, quanto na Polícia Militar não houve registro de Boletim de Ocorrência de sequestro de crianças.


Leia também: Polícia Civil de Chapecó apura vídeo que mostra possível contágio de criança por agulha


Nas últimas horas circularam duas informações, que foram amplamente divulgadas pelos chapecoenses nas redes sociais. Uma delas relatava que mulheres em um veículo Agile, de cor preta, foram nas casas das pessoas e ofereciam serviço de fotografia para crianças. O delegado explicou que a equipe da delegacia fez um levantamento e verificou que a placa divulgada realmente existe. O veículo, com placa de Colombo no Paraná, pertence a um homem que possui uma empresa de produções fotográficas. Os investigadores tentaram contato com a empresa – para checar a finalidade dela e o motivo de ter pessoas em Chapecó -, mas não conseguiram contato.

Conforme Stang, a equipe apurou que o carro realmente circula pela cidade. Uma câmera de monitoramento flagrou o automóvel em uma rua do bairro Efapi, por volta das 12h30 de terça-feira (19). O delegado destaca que pode ser alguém a trabalho, mas como ainda não foi possível fazer a abordagem deste veículo, e por isso não se tem a real finalidade deles estarem em Chapecó.


“Nossa recomendação é para que as pessoas não atendam. E se eles aparecerem que acione a Polícia Militar ou Guarda Municipal, que são as duas instituições que estão com guarnições nas ruas e podem fazer uma rápida abordagem e identificar essas pessoas, até mesmo fazer uma busca no interior do veículo para saber se eles não estão usando essas imagens com finalidades escusas“, orientou.


Supostos casos de sequestro

Outro relato amplamente divulgado informava sobre um sequestro de uma criança em um dos bairros. Conforme o delegado da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPcami), José Airton Stang, na DPcami em Chapecó não houve o registro de boletim de ocorrência de sequestro, nem de tentativa de sequestro de crianças. No entanto, não descarta que possa ter sido registrada em outras instituições.


“Não tivemos, por enquanto, nenhum registro dessa natureza, que tenha essa conotação de sequestro ou aproximação indevida. É evidente que pode ter acontecido, mas não houve registro, não temos nenhum boletim de ocorrência nesse sentido na nossa delegacia”, explicou.


O delegado orienta aos chapecoenses que – ao vivenciar uma atitude que consideram suspeita – procurem a delegacia de polícia e reportem a situação.

“Havendo essa suspeita, que seja feita a denúncia em uma delegacia de polícia, porque pode ser que essa pessoa não teve êxito na aproximação de determinada criança, mas ela não vai desistir, ela vai seguir – quem sabe – perseguindo outras crianças. Aí, é necessário que a polícia investigue, identifique esse possível potencial sequestrador para tirar ele de circulação, então a denúncia é sempre necessária e recomendada”, explicou.

Sobre o assunto a Polícia Militar informou que também não foi acionada para atender a ocorrência de sequestro em Chapecó.

Cuidados com as crianças

Segundo o delegado, é necessário que os pais mantenham com as crianças um diálogo transparente, de orientação e aconselhamento sobre relacionamento com estranhos. “Que os pais instruam as crianças a recusar qualquer tipo de agrado, de mimo vindo de pessoas estranhas, porque é a forma de – pessoas mal intencionadas – cativar a confiança de uma criança, e com isso, quem sabe, praticar um mal contra ela – e o principal seria sequestrar as crianças, para N finalidades”

O delegado alerta que há criminosos que podem estar interessados em sequestrar crianças para o tráfico de órgãos, para fins de adoção ilegal, para produzir material de pornografia infantil, entre outros crimes. “A maneira mais eficiente de se combater isso é a educação, a vigilância permanente das crianças”, destacou.

A criança é dotada de uma certa inocência. Ela não vislumbra o perigo, ela não consegue visualizar a situação de risco a qual ela pode estar exposta”, observou.

Exposição em redes sociais

Outro cuidado dos pais é em relação à exposição das crianças em redes sociais. “Antes da internet, bastava mantê-los dentro de casa e eles estavam bem protegidos. Hoje estar dentro de casa não significa proteção, porque também é necessário que os pais fiquem vigilantes quanto ao uso das redes sociais, pelos próprios filhos, especialmente crianças e adolescente”, pontuou.

O delegado recomenda que os pais tenham atenção com as crianças que têm acesso às redes sociais, para que não participem de grupos. Também para que tenham as contas do Facebook/Instagram fechadas. Além disso, que os pais tenham acesso às conversas das crianças, por onde geralmente os criminosos também podem tentar contato. “É um dos meios que pessoas mal intencionadas utilizam para cativar e atrair as crianças”, destacou.


“Já tivemos ocorrências aqui em Chapecó, de pedófilos que conseguiram imagens de crianças sem ter contato pessoal com essas crianças. Então é necessário essa vigilância permanente também nas redes sociais”, reforçou o delegado.


Perigo de divulgar fake news

Na intenção de tentar identificar e alertar sobre possíveis criminosos, muitas pessoas compartilham fatos falsos, o que pode expor outras pessoas que não tem relação com o suposto crime divulgado. Além disso, pode gerar riscos para esse indivíduo que teve sua imagem veiculada de forma indevida. Por isso, o  delegado Stang destaca que antes de compartilhar relatos nas redes sociais, a pessoa precisa procurar a polícia e reportar a situação, para que o caso seja investigado.


Muitas vezes a pessoa deduz a situação, achando que se trata de um sequestrador, fotografa e já envia para a rede social, provocando um estrago, um dano irreversível na imagem e na reputação daquela pessoa que está sendo divulgada. Então, é necessário que encaminhe para os órgãos de segurança, para que eles apurem se realmente existe alguma culpa daquele cidadão”, explicou.


O delegado relembrou de um fato que aconteceu há alguns anos no Brasil, em que divulgaram a imagem de uma mulher – associando ela como uma sequestradora de criança. Na ocasião, ao identificarem ela na rua, a mulher foi agredida pela população até a morte. Após o crime, as investigações apuraram que se tratava de uma fake news e que a mulher era inocente.

Stang comenta que a sociedade está aterrorizada pela violência, portanto, não é incomum as pessoas fazerem leituras equivocadas de determinadas situações. O delegado disse que há muitas pessoas que possuem simpatia pelas crianças e tentam agradá-las. “Tem pessoas que fazem isso, involuntariamente, o que não quer dizer que ela é uma sequestradora – às vezes é apenas uma forma de interação social mesmo”, observa. No entanto, ele orienta que se evite  esse tipo de contato com crianças desconhecidas, para não ser confundido com um sequestrador.


FONTE:CLICRDC




ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário


Insira os caracteres no campo abaixo:








.

Ligue e participe.

+55 49 999365486

Visitas: 21430409
Usuários Online: 2126
Copyright (c) 2024 - Rádio Alto da Santa - Linha Boa Vista- Santa Terezinha do Progresso-SC 492
Converse conosco pelo Whatsapp!