Uma greve de caminhoneiros está sendo organizada para o dia 1º de fevereiro. Para tentar agradar os motoristas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na última quarta-feira, 14, que vai zerar a tarifa de importação de pneus. Ou seja, o imposto de importação de pneus vai cair de 16% para zero. Dessa forma, Bolsonaro atende uma das reivindicações da categoria. Com o agrado, o presidente busca evitar que ocorra uma nova greve de caminhoneiros no País.
Por outro lado, o presidente da Associação Nacional Do Transporte No Brasil Liberdade E Trabalho (ANTB), José Roberto Stringasci, afirmou com exclusividade ao Portal Peperi, que a possibilidade de a greve ser cancelada está descartada. Ele comenta que o governo está oferecendo migalhas a categoria e que os caminhoneiros não aguentam mais os aumentos diários em relação aos combustíveis.
Uma das reivindicações dos caminhoneiros é o reajuste do preço do diesel duas vezes ao ano. A categoria reivindica também o preço mínimo de frete, parado no Supremo Tribunal Federal, após um recurso do agronegócio, e a implantação do Código Identificador de Operação de Transporte, duas medidas criadas após a greve de 2018.
Questionado sobre a participação da população, Stringasci afirma que a greve não é apenas da categoria, mas sim da população. De acordo com ele, a alta dos combustíveis faz com que os preços dos alimentos subam e afetem toda a sociedade.
O presidente da ANTB destaca que a greve só será descartada caso o presidente da república, Jair Bolsonaro, sente com representantes da categoria e negocie mais benefícios.