O Hospital São Jorge de Irani, no Meio-Oeste do Estado, recebeu interdição ética por ausência de médicos 24 horas na unidade de internação clínica, cirúrgica e psiquiátrica, além de falta de equipamentos, mas não cumpriu as recomendações.
O CRM-SC (Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina) deu prazo de 30 dias para regularização das desconformidades, mas, segundo o Conselho, nenhuma providência foi adotada pelo hospital.
Com isso, o MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) foi acionado e ajuizou ação civil pública. A interdição, respaldada pela Resolução CFM 2.062/2013, proíbe os profissionais médicos de atender novos pacientes na instituição.
Segundo a assessoria de imprensa do CRM-SC, no dia da visita ao hospital havia seis pacientes internados, após o prazo para regularização, em visita realizada na última semana ainda estavam em internação cinco pessoas, quando o hospital deveria ter feito a transferência desses pacientes.
A nova fiscalização foi feita com o acompanhamento da Vigilância Sanitária Estadual, regional de Concórdia, que também promoveu a interdição do estabelecimento.
Em contato com a diretora do hospital que informou que só irá se manifestar por meio de seu advogado. Nesta manhã de segunda-feira (16), a defesa disse que ainda estão em reunião para definir o posicionamento do hospital sobre o assunto.
Mais irregularidades
A falta de medicações para a segurança do ato anestésico, além da ausência de um segundo médico para auxiliar nos procedimentos cirúrgicos e a ausência de sala de recuperação pós-anestésica foram outras irregularidades averiguadas. O hospital, segundo assessoria de imprensa do CRM-SC, também está com documentação irregular e não possui a renovação do alvará de funcionamento emitido pela Vigilância Sanitária.
O CRM-SC ressaltou, em nota divulgada em seu site oficial, a preocupação com a segurança dos pacientes, bem como com a realização do ato médico que está sendo prestado no hospital. A proteção à boa prática da medicina e o direito à assistência médica adequada é essencial para preservação da vida do paciente.
FONTE:ND