Um vigilante foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado pela morte do cliente Edson Luiz Gadotti, 35 anos, em uma agência bancária de Joinville, no Norte catarinense. O crime ocorreu no Centro do distrito de Pirabeiraba, no dia 27 de junho de 2016. A condenação foi dada na quinta-feira (5), pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski.
Foram duas qualificadoras reconhecidas: motivo fútil e surpresa. Durante o júri popular, duas testemunhas de defesa e o réu prestaram esclarecimentos.
Os advogados de defesa Jonatan Moreira, Antônio Lavarda, Vinícius Lavarda e Pedro Wellington da Silva argumentaram que o réu é "uma pessoa do bem" e que estava passando por um período de estresse no trabalho. Também afirmaram que ele já tinha passado por outros dois assaltos, em um deles como refém. Por isso, teria suposto que seria agredido pela vítima. Defenderam a boa conduta do vigilante que trabalhava há quase dois anos nesta agência bancária.
O promotor Marcelo Sebastião Netto de Campos, descreveu o crime em detalhes e argumentou que o último cliente entrou 12 segundos antes da vítima, além disso apresentou dados e informações do boletim de ocorrência.
O juiz determinou o cumprimento imediato da pena. O vigilante, que até o julgamento respondia ao processo em liberdade, foi levado para o Presídio Regional de Joinville.
O advogado do réu, Pedro Wellington da Silva, disse que a defesa vai recorrer da decisão no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
O crime
Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o crime ocorreu após uma discussão entre o cliente e o vigilante. A vítima queria descontar um cheque. Neste momento, o acusado sacou o revólver e, desferiu o primeiro disparo contra o homem, inclusive rompendo com o vidro que os separavam.
Em seguida, o vigilante se aproximou da vítima e efetuou outros dois tiros nas costas, provocando a morte da vítima. Um vídeo flagrou o momento do crime.
Fonte: G1